Parafusos Soltos ...
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Na verdade não queria estar escrevendo essa crítica ao filme, pensei em escrevê-la quando saí do cinema mas agora que estou assimilando o fim de Harry Potter sinto a mesma emoção de quando terminei o último livro só que aumentada porque não haverá outros filmes pela frente. Iria escrever os pormenores do que achei desse capítulo final, mas não hoje, quem sabe amanhã
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Harry Potter : O adeus de uma geração
"É uma necessidade antiga que histórias sejam contadas. Mas a história precisa de grandes contadores de história. Obrigado por tudo, Jo."
Não sei por onde começar meu assunto deste post: Harry Potter. Acho que essa frase do Alan Rickman(o nosso eterno Severo Snape) diz muita coisa, afinal é uma declaração de um grande ator para uma grande autora, J.K. Rowling.
A história que a Tia Jo criou venceu a descrença, enfrentou preconceitos, mas conquistou uma legião de fãs ensinando que é possível sonhar, ou melhor, que a fantasia deve fazer parte da vida. E para esses fãs incansáveis só deixou mensagens positivas demonstrando valores que pareciam esquecidos e que eram mal assimilados pelos jovens como: amor, amizade, lealdade , tolerância...etc.
Para quem não viveu a época de Potter, não sabe que a série vai além de Abracadabras e vassouras mágicas, não sabe como a leitura dos livros enormes transcorre com incrível rapidez e como todos desejariam mais 500, 600 páginas ao final de cada livro, não entende como essa incrível autora consegue arrancar prantos de jovens que até pouco tempo atrás tinham esquecido dos livros, não entende como Rowling nos fez aprender a lidar com a perda quando Sirius, Dumbledore, Snape, Dobby, Fred e tantos outros queridos personagens morrem, e não sentem o conforto que os fãs encontraram quando passaram por alguma coisa em suas vidas e se viram no mesmo lugar que Harry. Não existe nenhum fã do menino bruxo que não deseje dizer obrigado a essa mulher tão especial. Obrigado Joanne Kathleen Rowling !
O Primeiro Contato:
Faltando poucos dias para estréia de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 nos cinemas, os fãs começam a se lembrar como foi o primeiro contato com HP, muitos descobriram através de amigos que apareceram com a novidade, muitos começaram a fazer parte da aventura com o primeiro filme lançado em 2001, os que eu considero sortudos compraram o primeiro livro e acompanharam a série por mais tempo. Mas seja atráves da primeira página de "A Pedra Filosofal" ou pela primeira cena do filme foi com certeza indescritível o contato inicial com o mundo surreal de Harry Potter para todos os fãs atuais que na época eram crianças.
Um sentimento totalmente novotomou conta de nós quando fomos apresentados ao menino com cicatriz de raio, ao Beco Diagonal, a Hogwarts, ao Hagrid, e quando desejamos vestir o Chapéu Seletor!
Eu conheci a série pelos filmes e depois li os livros, então na época do primeiro filme tornou-se comum brincar de "Harry Potter" com gravetos e gritando "Wingardium leviosa" na minha escola. Esses momentos proporcionaram tanta magia quanto a presente nos livros.
Todos os fãs cresceram junto com Harry, Rony, e Hermione, e cada espera por mais um capítulo da série nos livros e nos cinemas uniram o s fãs, criando amizades e momentos inesquecíveis.
Filmes:
As adaptações cinematográficas de Harry Potter levaram milhões de jovens aos cinemas, não se produzia filmes diretamente direcionados ao público juvenil antes de Harry Potter, as poucas produções, sem grande qualidade, podem ser vistas na "Sessão da Tarde"! É inquestionável o quanto a série contribuiu para o cinema mundial ao colocar a vista dos olhos o mundo fantástico de J.K. Rowling. A série é reconhecida pela qualidade: fotografia, trilhas sonoras, efeitos especiais, direção de arte e outros pontos técnicos já receberam várias indicações ao Oscar, e o Bafta("o Oscar inglês") em sua última premiação reconheceu a sua importância.
Os filmes trouxeram também muitos desgostos para os pottermaníacos que ficavam em estado de loucura quando o roteirista abandonava partes importantes dos livros. Todos os filmes tiveram cortes pelos quais os fãs lamentaram.
Mas no final da era de HP nos cinemas, esse grande público tem o mercado de Hollywood aos seus pés, todos os grandes estúdios estão tentando encontrar o novo Harry Potter, porém os fracassos que já ocorreram nessa busca mostram que essa grande família potttermaníaca está começando a ficar crítica e não vai aceitar qualquer substituto depois de conhecer a criatividade de Rowling. Isso também vale para a literatura que recebeu novos leitores que anseiam por novas histórias.
Harry Potter no cinema e na literatura possibilitou que os jovens busquem agora os grandes clássicos, afinal, nenhuma criança começa a gostar de ler com Hamlet, e nem começa a gostar de cinema assistindo películas de grandes diretores.
Espero ouvir a frase" ...and the Oscar goes to...Harry Potter" muitas vezes!
"Não é um fim de verdade"
Harry Potter e as Relíquias da Morte- Parte 2 vai estrear amanhã marcando o fim de Harry Potter porém todos devem se perguntar se é um fim de verdade.
Sinto que eu participei de uma coisa única, Harry Potter marcou a todos e não será esquecido, virou o clássico literário para as crianças do futuro, que aprenderão a ler com ele. Algo tão grande assim vai ficar impregnado no inconsciente coletivo de todos.
Ao ouvir Hedwig's Theme todos vão lembrar de HP, vão se deparar na vida com momentos em que os conselhos de Dumbledore serão usados.
Porque:
" Só porque está acontecendo na sua mente, por que não significa que seja real?" - Alvo Dumbledore.E é isso mesmo, Harry Potter vai ser passado de geração para geração por quem nunca o tirará da memória.
ps: parei por aqui, queria falar muita coisa mas o post ia ficar mais gigante do que já ficou.Faltou o Pottermore...
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Piratas do Caribe 4
A Disney não trouxe nada realmente excitante nessa sequência, o filme é uma repetição de receitas prontas tiradas dos filmes anteriores.Abandonaram Will Turner e Elizabeth Swann para que o grande ídolo Jake Sparrow pudesse brilhar, para preencher a lacuna romântica e emotiva deixada pela dupla aparecem com Angélica, um antigo caso de Sparrow. Mas o romance dos dois realmente não pega, Sparrow não combina com isso, foi sempre pregado como o grande comediante da série e tornou-se incompatível com um par romântico, nem o beijo final do casal aconteceu, e o Capitão Jack ainda abandona a moça numa ilha deserta, em uma cena ridícula.
Tinha esperanças que esse filme mostrasse quem realmente é Jack Sparrow, mas constatei definitivamente que ele é um personagem vazio, superficial.
O astro da série tropeça em seus próprios trejeitos, o comediante Sparrow não surpreende mais porque todos já sabem o que ele vai fazer.
Além do fracasso do personagem principal há o uso de uma trilha sonora escandalosa (apesar de ter sido composta por Hans Zimmer) que chega a ser irritante e não deixa muito espaço para os efeitos sonoros.
Se já não bastasse uma fotografia escura domina quase todo o filme e toda essa escuridão atrapalha a percepção das batalhas, que são poucas.
A busca pela fonte da juventude deveria ter gerado grandes combates, intrigas e mistério,afinal levaram à trama a intriga entre as Coroas Inglesa e Espanhola, mas não desenvolveram bem essa richa histórica durante o filme, o motivo para os espanhóis chegarem a Fonte se mostra decepcionante e a luta para tomar a água rejuvenescedora não causa ansiedade nem aflição no espectador, em um confronto bagunçado e sem graça.
No meio disso tudo tentam explorar novamente o tema sobrenatural com as sereias, menos exagerado que o tedioso Davy Jones dos longas passados mas não muito relevante..
Porém o filme não peca por inteiro, a salvação fica por conta de Barbossa que virou um corsário inglês, para mim Barbossa sempre foi mais engraçado que Jack, ele mantém um equilíbrio fundamental ,é sarcástico e excêntrico graças com certeza a perfeita interpretação de Geoffrey Rush.
Piratas do Caribe perdeu o rumo, a meu ver, a partir da segunda sequência quando abandonaram o estilo clássico dos piratas, o de caçar tesouros, para entrar em assuntos sobrenaturais.
Baseado nesse último filme não me sinto entusiasmado em ir assistir o quinto.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
O enterro de Aragogue
> Acho essa cena divertidíssima, o Harry fica muito engraçado, "doidão", depois que toma a Felix Felicis, além disso a fotografia está incrível.
Hamlet me entenderia
Sempre tive vontade de ler Hamlet, já tinha lido uma versão resumida e em prosa mas não foi a mesma coisa que ler a versão em teatro. E eu adorei.
A personalidade de Hamlet vai muito além da que esta no imaginário popular: aquela visão clássica dele com a caveira na mão, a famosa frase "Ser ou não ser? Eis a questão" ;lendo se descobre o real significado de tais cenas.
Como o perpétuo dilema se Capitu traiu ou não Bentinho, o leitor fica em dúvida se o Princípe da Dinamarca é louco ou não. Louco por vingança? Louco de amor? Ou simplesmente inconformado com a realidade humana?
A grande magia por trás dos clássicos da literatura é que a história te envolve e faz você concordar com as atitudes do personagem sem que, na maioria das vezes, questione e diga :"Vamos com calma aqui!". Personagens que não são simplesmente os mocinhos do enredo têm este poder, você passa a querer vingança como Hamlet ou você torce para o Raskolnikov cometer o "Crime" dito no título livro "Crime e Castigo" e se sente injustiçado quando ele é punido caracterizando o derradeiro "Castigo", você vibra com a vingança do Conde de Monte Cristo.
Há muito mais do que loucura em Hamlet, pois a crítica que ele faz aos padrões da sociedade em que ele está inserido(cena dele com a caveira na mão), a acidez dele perante as mascaras da boa aparência(Polônio), o ataque contra a mania de fingir que "eu não sabia de nada"(Gertrudes), e o fingimento de equilíbrio e retidão perante todos(Cláudio) é muito atacado pelo príncipe dinamarquês, tais atitudes não poderiam vir de um demente, de alguém que não tem consciência de seus atos.
Hamlet para mim tem mais lucidez que loucura, mas se você for daqueles que a única preocupação é o placar do seu time, o último capítulo da novela esqueça achar interessante esse livro, acho que para aproveitar bem essa peça você tem que partilhar de alguma inquietação, excêntricidade...
Hamlet é concerteza um personagem icônico para quem ainda não achou seu lugar no mundo, é a voz daqueles que gostariam de espalhar verdades desastrosas sobre o que acha de todos e causar exclamações de horror e incredulidade.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Momento Caulfidiano
"Prefiro ser odiado por quem sou do que ser amado por quem não sou" - Kurt Cobain
Ando desanimado, e tudo está parecendo tão bege, comum, desgastado e simplório que nada parece realmente interessante.Estou absorvendo por osmose qualquer migalha de energia nova, novo fôlego, novo qualquer coisa.
Um bom remédio para isso seria jogar conversa fora, pensar alto em coisa alguma, rir de alguma coisa besta, conhecer gente excêntrica e interessante , mas cadê tudo isso? Acho que todo mundo hoje anda tentando fingir que a própria vida é muito inusitada, quando na verdade o que estão fazendo é acreditando fielmente que é. Parte da fonte dos males só pode ser o Ensino Médio porque depois de vários anos de escola eu estou é querendo mudar de ambiente.
Não querendo me colocar acima de meus colegas de escola, eu também estou completamente vazio mas, quando todo mundo tá assim não há renovação nem de ideias, piadas, opiniões, de nada. .Deve ser por isso que se diz que hoje a juventude é clichê, não há renovação.Eu pelo menos quero fugir dessa mesmice
E quando se grita mudamente no meio dessa massa (eu) que não se aguenta mais o frustrante é saber não dá para ver nenhuma escapatória senão a rotina.
Será que todo mundo passa por isso? Ou eu sou apenas um velho rabugento em corpo jovem que não aguenta as pessoas da própria idade? Tô precisando de um novo fôlego,novos ares, agora se eu tiver que esperar até o término do Ensino Médio para isso, vai ser um período de tortura com certeza.
Não entendo como alguns dizem que essa é uma das melhores fases da vida, esse atestado comum só pode ter saído de quem já virou parte tão inseparável da "galera" que não tem mais nenhuma característica própria e consideram legal o que é padrão para ser legal nessa fase.
Nunca fiz parte de galera e nunca vou fazer parte completamente , tenho que aceitar essa minha característica masoquista. Fico tentando achar algum resquício de originalidade nas pessoas.
Ah, triste busca, todos parecem que estão se convertendo à única salvação possível: juntar-se ao clichê
Só me resta perguntar: TEM ALGUÉM PAGÃO AÍ???