segunda-feira, 26 de julho de 2010

Onde está a infância feliz?


Entrei hoje em uma loja de brinquedos e fiquei triste, ao ver meu irmão pequeno escolher o presente de aniversário ao contrario de ficar feliz ao relembrar minha infância. O problema é que hoje o conceito de infância feliz está tão mudado que se você parar para pensar, os brinquedos que poderiam ser caminho para um aprendizado e gradual amadurecimento estão ao invés disso contribuindo para idiotizar a imaginação das crianças.
Nossas lojas de brinquedos agora não vendem mais risadas e sorrisos, não vende criatividade vendem marcas, somente objetos toscos frutos da mídia.
O presente do meu irmão foi um atirador de "bolinhas bakugan" e a única função disso é atirar uma bolinha a uma distancia de poucos centímentros e o preço da "brincadeira" mais de 20,00. Daqui dois dias esse "brinquedo" vai estar largado dentro de uma gaveta.
A loja era só esse desenho praticamente tinha o Ben10 mas meu irmão disse que não queria mais nada dele, também pudera ele tem vários cacos do Ben10 comprados no ano passado.

Na minha infância não era assim, nós éramos forçados a usar a imaginação ao máximo e isso sim era legal, eu tinha quebra cabeças, carrinhos, Lego, e um brinquedo que machucava muito os dedos, não lembro o nome,mas era muito divertido, brincava na terra, areia, eu tinha um balanço, gastava folhas limpinhas de papel chamex desenhando e os brinquedos top de linha da época que ganhava de aniversário servia só de decoração pro quarto brincava poucos dias e depois guardava-os, gostava mesmo é quando ganhava algo mirabolante e engenhoso.
Lembro que ganhei uma espécie de robô que não tinha nada de vozinhas robóticas e nem luzinhas, mas ele podia se transformar em dragão mediante muito esforço para montar e desmontar. Era muito prazeroso.

E agora? Que futuro daremos as crianças de hoje?
Todas são viciadas em televisão, e tão consumistas que dão medo. Na época que a o comércio não despertara para o público infantil, se eu queria uma espada do He Man eu tinha que fazer, eu cheguei até a fazer uma com papelao e ficava gritando " pelos poderes de ... Eeeu tenho a força !!!",montava com Lego as naves dos Power Rangers.

No meu trabalho de filosofia do final de semestre o professor nos incumbiu de fazer um pequeno teatro, e eu tive a deliciosa sensação de transformar lixo em arte se posso dizer assim, fizemos o raio de Zeus com papelão e fita crepe, na hora pois o original com papel laminado nó s esquecemos, fizemos coroas para os reis , as roupas gregas com lençóis.Foi muito bom, apesar do tanto que eu discuti com o grupo em relação a historia, mas o importante é que na hora, tudo foi muito divertido.

A tecnologia está tirando a curiosidade das crianças, a criatividade delas, está lhes roubando a infância. É raro encontrar crianças que não estão se divertindo com outras coisas que não sejam video game e televisão.
Vou zelar pela infância dos meus futuros filhos, para que eles corram, ralem o joelho, se sujem de barro, subam em árvores, desenhem, rabisquem e use a imaginação, e leiam Harry Potter(esse é um assunto p/ outro post), enfim que usem o "faz-de-conta".

2 comentários:

  1. quem lê pensa que você é um idoso de 153 anos. 'dizendo que no seu tempo.. aah no meu tempo' eu não sei vc mas eu acabei de sair da minha infância, e peguei uma boa parte da era tecnologia/alienação, é claro que corri na rua, subi em árvores, ralei o joelho (ainda tenho provas disso), fiz guerra de lama, comi mato, pulei na cama, mas eu tbm brinquei de BAYBLAID(tenho qse certeza q não é assim q se escreve, se vc não lembra, tá no msm nível de bakugan), joguei vídeo-game, e tive um monte de brinquedos q em dois dias já estavam destruidos/esquecidos..
    acho qe a infancia sempre muda, nenhuma geração vai ter uma infância igual a da proxima ou da anterior. nós sempre vamos pensar q no nosso tempo era melhor, da msm forma q minha minha irmã pensa e minha mãe tbm... as nossas artes sempre vão ser mais terriveis q as dos outros e etc.
    mas vc pode estar certo, qnto ao faz de conta e o mexer na terra..

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  2. Tá, eu usei termos cliches mas não participei de toda essa alienação. Acho que não gosto muito de tecnologia, quando eu ganhei meu video game não brinquei por mais que um mes e está guardado até hoje, um playstation 1. Eu odiava blayblaid o desenho e o brinquedo. Provavelmente fui uma criança anormal, pois os carrinhos com pilhas que ganhava ficavam na estante,gostava dos de tração, gostava de coleções, fazia coleção de cartao telefonico e moedas, ainda as tenho.
    Eu vi uma reportagem no jornal nacional falndo da importancia de brincar na terra.
    PS:o brinquedo era duas bolinhas presas em barbante, os respectivos barbantes de cada bolinha eram unidos, e fazia barulho quando batia uma bolinha na outra.

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