A Disney não trouxe nada realmente excitante nessa sequência, o filme é uma repetição de receitas prontas tiradas dos filmes anteriores.Abandonaram Will Turner e Elizabeth Swann para que o grande ídolo Jake Sparrow pudesse brilhar, para preencher a lacuna romântica e emotiva deixada pela dupla aparecem com Angélica, um antigo caso de Sparrow. Mas o romance dos dois realmente não pega, Sparrow não combina com isso, foi sempre pregado como o grande comediante da série e tornou-se incompatível com um par romântico, nem o beijo final do casal aconteceu, e o Capitão Jack ainda abandona a moça numa ilha deserta, em uma cena ridícula.
Tinha esperanças que esse filme mostrasse quem realmente é Jack Sparrow, mas constatei definitivamente que ele é um personagem vazio, superficial.
O astro da série tropeça em seus próprios trejeitos, o comediante Sparrow não surpreende mais porque todos já sabem o que ele vai fazer.
Além do fracasso do personagem principal há o uso de uma trilha sonora escandalosa (apesar de ter sido composta por Hans Zimmer) que chega a ser irritante e não deixa muito espaço para os efeitos sonoros.
Se já não bastasse uma fotografia escura domina quase todo o filme e toda essa escuridão atrapalha a percepção das batalhas, que são poucas.
A busca pela fonte da juventude deveria ter gerado grandes combates, intrigas e mistério,afinal levaram à trama a intriga entre as Coroas Inglesa e Espanhola, mas não desenvolveram bem essa richa histórica durante o filme, o motivo para os espanhóis chegarem a Fonte se mostra decepcionante e a luta para tomar a água rejuvenescedora não causa ansiedade nem aflição no espectador, em um confronto bagunçado e sem graça.
No meio disso tudo tentam explorar novamente o tema sobrenatural com as sereias, menos exagerado que o tedioso Davy Jones dos longas passados mas não muito relevante..
Porém o filme não peca por inteiro, a salvação fica por conta de Barbossa que virou um corsário inglês, para mim Barbossa sempre foi mais engraçado que Jack, ele mantém um equilíbrio fundamental ,é sarcástico e excêntrico graças com certeza a perfeita interpretação de Geoffrey Rush.
Piratas do Caribe perdeu o rumo, a meu ver, a partir da segunda sequência quando abandonaram o estilo clássico dos piratas, o de caçar tesouros, para entrar em assuntos sobrenaturais.
Baseado nesse último filme não me sinto entusiasmado em ir assistir o quinto.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Piratas do Caribe 4
quinta-feira, 16 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
O enterro de Aragogue
> Acho essa cena divertidíssima, o Harry fica muito engraçado, "doidão", depois que toma a Felix Felicis, além disso a fotografia está incrível.
Hamlet me entenderia
Sempre tive vontade de ler Hamlet, já tinha lido uma versão resumida e em prosa mas não foi a mesma coisa que ler a versão em teatro. E eu adorei.
A personalidade de Hamlet vai muito além da que esta no imaginário popular: aquela visão clássica dele com a caveira na mão, a famosa frase "Ser ou não ser? Eis a questão" ;lendo se descobre o real significado de tais cenas.
Como o perpétuo dilema se Capitu traiu ou não Bentinho, o leitor fica em dúvida se o Princípe da Dinamarca é louco ou não. Louco por vingança? Louco de amor? Ou simplesmente inconformado com a realidade humana?
A grande magia por trás dos clássicos da literatura é que a história te envolve e faz você concordar com as atitudes do personagem sem que, na maioria das vezes, questione e diga :"Vamos com calma aqui!". Personagens que não são simplesmente os mocinhos do enredo têm este poder, você passa a querer vingança como Hamlet ou você torce para o Raskolnikov cometer o "Crime" dito no título livro "Crime e Castigo" e se sente injustiçado quando ele é punido caracterizando o derradeiro "Castigo", você vibra com a vingança do Conde de Monte Cristo.
Há muito mais do que loucura em Hamlet, pois a crítica que ele faz aos padrões da sociedade em que ele está inserido(cena dele com a caveira na mão), a acidez dele perante as mascaras da boa aparência(Polônio), o ataque contra a mania de fingir que "eu não sabia de nada"(Gertrudes), e o fingimento de equilíbrio e retidão perante todos(Cláudio) é muito atacado pelo príncipe dinamarquês, tais atitudes não poderiam vir de um demente, de alguém que não tem consciência de seus atos.
Hamlet para mim tem mais lucidez que loucura, mas se você for daqueles que a única preocupação é o placar do seu time, o último capítulo da novela esqueça achar interessante esse livro, acho que para aproveitar bem essa peça você tem que partilhar de alguma inquietação, excêntricidade...
Hamlet é concerteza um personagem icônico para quem ainda não achou seu lugar no mundo, é a voz daqueles que gostariam de espalhar verdades desastrosas sobre o que acha de todos e causar exclamações de horror e incredulidade.
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