quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

J.D Salinger e o "Apanhador"

Morreu nesta quinta-feira, dia 28, o escritor americano J.D Salinger famoso por sua obra prima "O Apanhador no Campo de Centeio" um clássico mundial, concerteza.
O criador de um incrível personagem, Holden Caulfield, se tornou recluso depois que seu livro alcançou sucesso imediato, valorizava demasiadamente sua privacidade, não gostava no brilho dos holofotes.

"A maior parte de sua vida nas últimas cinco décadas é cercada de mistério. Irritado com a fama, Salinger se retirou da vida pública, isolando-se em uma casa afastada de tudo, construída sobre uma colina cercada de bosques na pequena cidade de Cornish,New Hampshire."

Na minha opinião JD. Salinger colocou parte dele em Holden Caulfield, afinal no próprio livro Holden fala da sua vontade de se afastar de tudo, numa casinha no campo. Acho que Salinger não gostava da fama pelo fato de as pessoas colocarem o ídolo num pedestal e cobri-lo de ouro, não valorizar o seu trabalho, mas a sua influencia, Holden Caulfield diz claramente como achava ridículo toda essa bajulação:
"Juro por Deus que, se eu fosse um pianista, ou um ator, ou coisa que o valha, e todos aqueles bobalhões me achassem fabuloso, ia ter raiva de viver. Não ia querer nem que me aplaudissem. As pessoas sempre batem palmas pelas coisas erradas. Se eu fosse pianista, ia tocar dentro de um armário."
"O Apanhador" é um livro cercado de polemicas, o assassino de John Lennon disse que o livro era o seu argumento para o crime. Por outro lado é fonte de inspiração na musica "Who wrote Holden Caulfield" do Green Day, talvez se possa tirar varias interpretações tanto é que nesse ano irei para minha terceira releitura e nas três vezes que já li o livro pensei em coisas diferentes,
mas resumidamente Holden me passou a mensagem que se deve voltar os olhos contra os castelos de uma fantasia hipócrita que a sociedade está construindo.(e p/ mim o livro não influenciou o assassino de John Lennon, o cara era um psicopata mesmo)

O futuro da obra:
Salinger nunca autorizou adaptações para o cinema de seu livro, mas agora com sua morte a família do autor será que pode autoriza-las?( afinal, daria muito lucro...)
Eu sinceramente não gostaria que a obra virasse filme, pois seria difícil reproduzir os monólogos de Caulfield, o que nas cenas o tornaria apenas um jovem rebelde, quando na verdade ele foi um vitima de sua percepção aguçada do meio que o cercava.

Descanse em paz J.D. Salinger.

ps: sobre Salinger:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iKsF3ueV-D9B8i8Csk0UmNPSpVNQ














segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Eu um mochileiro ?


Estava no UOL e esbarrei numa matéria sobre Macchu Picchu que falava das viagens para lá. Eu empolguei e fui fuçando em sites de agências de turismos todas as minhas sonhadas viagens.

Eu realmente tenho vontade de desbravar o mundo, conhecer vários lugares, e hoje resolvi me aventurar mais no assunto, e percebi que essas agências não me fornecerão o que quero, elas tem todos os roteiros programados, os pontos turísticos certos a serem visitados, e tudo "cronometrado", eu não vou conseguir aproveitar realmente a beleza dos lugares que eu passar, as agências tem tempo livre para os turistas, mas é relativamente curto.
Eu quero conhecer o jeito das pessoas de cada país, provar a comida, visitar lugares que não estão no roteiro, passear sem compromissos pela rua de uma cidade qualquer do planeta, subir na Torre Eiffel e aproveitar a vista da cidade por horas se der vontade, eu quero explorar tudo e por um preço menor.
Então encontrei o site O Viajante(http://oviajante.uol.com.br/index.php?popup=1) e confesso que fiquei super empolgado pela filosofia de um mochileiro, e não um turista. O site tem todas as dicas de hospedagens, restaurantes, pontos turísticos e meio de transporte para montar um roteiro completo e com todo um clima de aventura.
Uma coisa legal que eu não sabia é que na Europa brasileiro pode ficar sem visto para permanência de até 3 meses.
Já pensou voar para Londres, depois de uma semana vai de trem, ónibus ou carro para Paris depois Veneza, Viena, Roma, um tour pelas capitais mais famosas?
Minha vontade é primeiro conhecer as cidades "top", e depois de enjoar de arquitetuta daqui e dali, de museu , de restaurante, bibliotecas, igrejas, explorar o que a natureza tem a oferecer , aqueles cenários que a gente só vê em documentarios.
Enfim não sei se vou fazer minhas viagens depois de aposentado, ou uma viagem de ferias a cada ano, não sei se vou sozinho, ou se até lá leve filhos, só sei de uma coisa: farei uma volta ao mundo(mas não em 80 dias, pelo contrário).

Intercâmbio
Decidi para onde quero meu intercâmbio: a terra dos Leprechauns, a Irlanda, lá é mais barato do que outros destinos como EUA e Inglaterra além de menos burocrático,e com ótimas oportunidades de trabalho quando estiver fora do curso de inglês.
http://educacao.uol.com.br/intercambio/irlanda.jhtm

ps.: Ainda coloco meu roteiro de viagens aqui.

A era da comodidade




Estive pensando o quanto a humanidade inventou coisas, o quanto nossos antepassados foram criativos.Desde os primórdios do Homo sapiens foi necessário colocar os neurônios para "queimar" para ver se saia alguma coisa. Então cheguei a conclusão que paramos, é isso mesmo, paramos. Nossa vida atual (pelo menos a da maioria) já está "organizada", tudo está no lugar e quando digo lugar falo que desde que nascemos tudo que ocorre conosco já está determinado, não por força do destino, mas sim por um "padrão" que se deve seguir.(poderia ser entendido como o famoso "sistema")

Os homens de antigamente viviam numa fase de intensa curiosidade, e era isso que faziam com que criassem grandes coisas.Agora a humanidade atual vive na constante luta pela tranquilidade, o sossego, só querem levar a vida, e o que essa nova humanidade cria é apenas pela busca de bem estar acima de tudo, buscam facilitar tudo, e eu digo que já está tudo muito facilitado, está na hora de começarmos a gostar da inquietude das perguntas sem respostas, da busca incessante por saber mais sobre o mundo.

Afinal, quem somos nós?
Para onde vamos?

PS: Escrevi esse texto há algum tempo, e não ia postar, mas como estou lendo O Mundo de Sofia, uma frase me chamou a atenção e resume tudo que escrevi:

"A única coisa que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas" (acho que a humanidade perdeu essa capacidade...)

PS 2: "O Mundo de Sofia" é realmente interessante, minhas ideias podem não ser as melhores, mas pelo menos eu não me canso de perguntar sobre as coisas, sou uma pessoa totalmente inquieta perante o mundo que me cerca.(estou ansioso p/ as aulas de filosofia do Ensino Médio)



quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Epígrafe

Ah, desgraça inerente à raça!
o grito torturante da morte
e o golpe que atinge a veia,
o sangramento inestancável, a dor,
a maldição insuportável.

Mas há uma cura dentro
e não fora de casa, não
vinda de outros mas deles próprios
por sua disputa sangrenta. Apelamos a vós,
deuses da sombria terra.

Ouvi bem-aventurados poderes soterrâneos -
atendei o nosso apelo, socorrei-nos
Favorecei os filhos, dai-lhes a vitória.

Ésquilo, As coéforas



PS: Tô com saudade de Harry Potter, coloquei a epigrafe de "Relíquias" para relembrar...


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os homens que não amavam as mulheres - Stieg Larsson



Acabei de ler há algumas horas "Os homens que não amavam as mulheres" do autor sueco Stieg Larsson e confesso que estou completamente entusiasmado e rendido ao livro, e ansioso para ler o resto da Trilogia Milllenium, a qual esse livro faz parte.
Sempre gostei de romances policiais, e de suas tramas envolventes, mas confesso que o primeiro volume da trilogia Milllenium me surpreendeu pela originalidade, justamente por fugir um pouco da receita certa dos policiais ingleses como Agatha Christie, "Os homens que não amavam as mulheres" tem algo novo que faz você ler avidamente.
A principal diferença talvez seja a atenção do autor com a montagem detalhista dos personagens, e uma boa parte do livro é marcada por essa montagem psicologia sem que seja cansativo ao leitor, você vai passando as paginas tentando desvenda-los e quando chega a parte da investigação acerca do crime, todos os ingrediente do livro se juntam para doses se expectativa angustiantes.
Por isso o livro não é apenas um romance policial, mas uma historia polarizada que explora não só os crimes mas a também os enigmas dos personagens.



Os homens
que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.

A historia gira em torno da investigação do caso Harriet Vanger. Henrik Vanger contrata o jornalista Mikael Blomkvist para investigar o crime, e mais tarde ele vai contar com a ajuda de Lisbeth Salander, uma habilidosa e punk hacker, que o ajudará a desenterrar a lúgubre história da família Vanger.

Concluo, indicando o livro a quem quiser passar algumas horas com um bom romance policial, quiser encontrar personagens irresistíveis.

PS1: Lisbeth Salander é sem duvida a personagem mais intrigante de todo o livro, enigmática e esperta, pouco ligada as questões morais, a típica anti-heroína (os anti heróis sempre são os mais interessantes...)

PS2: pena que o autor morreu, e leitores só poderão desfrutar apenas do restante da trilogia.

PS3: Vai ter o filme. Segue o trailer:



Recomendo ao leitor se fechar durante um fim de semana, munido de litros de café e alguns suprimentos, para se deliciar com a trilogia Millennium.”
— Rolling Stone

domingo, 3 de janeiro de 2010

" ISSO É UMA VERGONHA ! "



Eu assistia com certa frequência o Jornal da Noite na Band apresentado pelo Boris Casoy, justamente por achar o telejornal menos tendencioso e por gostar do apresentador que criticava sem hesitar as ladruagens e absurdos das noticias. Mas me surpreendi quando vi os vídeos na internet com o Boris, ofendendo de forma extremamente preconceituosa e com tom de deboche os garis que desejavam simplesmente um feliz ano novo.
" Que merda, dois lixeiros desejando felicidades...Do alto de suas vassouras.Dois lixeiros.O mais baixo da escala do trabalho".

Eu vi o vídeo primeiro no UOL, e pensei que fosse engano, mas depois vi uma matéria e os vídeos no You Tube com o o Boris e seu pedido de profundas desculpas, por segundo ele, um comentário infeliz.
Devido os microfones que felizmente estavam ligados, quando era para estarem desligados, é que a gente vê a verdadeira face das pessoas, um senhor de idade como ele é que deveria varrer as ruas para valorizar quem faz a limpeza das cidades.
Por isso faço uso do famoso bordão do agora revelado hipócrita Boris Casoy:
ISSO É UMA VERGONHA!

PS: Quero ver o Marcelo Tas colocar o video no Top 5 do CQC!!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Kindle: solução ou agravante?

Eu como um bibliófilo nato, não vo deixar de falar aqui da talvez mais nova revolução para os leitores: o Kindle.
O aparelho tem vantagens em relação ao livro impresso, como a grande capacidade de armazenamento, podendo guardar até 1500 obras, tem praticamente o mesmo tamanho de um livro convencional (pelo que dizem), não ocupa espaço em casa, e nem pesa na mochila.
Com ele qualquer pessoa poderia ter um acervo considerável de obras e carrega-los por qualquer lugar, poderia ser usado nas atividades escolares, além de ser aparentemente ujma solução ambiental.
Mas será mesmo que ele é ecologicamente correto??
É claro que se todos aderissem ao Kindle, seriam poupadas muitas árvores na produção do papel, com isso menor liberação de gases toxicos na atmosfera.Mas, ao meu ver, o problema é que, talvez a poluição gerada para a produção dos leitores digitais seja maior que a gerada na produção de papel, afinal precisa-se de plástico, metais pesados para as baterias, e energia para recarrega los. E quando isso tudo for para o lixo? O dano não será maior?
As empresas produtoras de papel usam madeira de plantações de eucaliptos destinadas exclusivamente para a sua produção e é raro alguém comprar um livro e joga-lo fora, permanecendo este por anos na prateleira de alguém, enquanto o Kindle seria o novo alvo capitalista como acontece hoje com os celulares, a cada modelo, tecnologia nova os aparelhos são trocados até irem parar no lixo, ocasionando um dano muito maior.
O ideal seria que se criassem um modelo único de leitor digital,e estes deveriam permanecer durante anos, e se a pessoa quisesse maior capacidade de armazenamento usasse cartões de memoria. Mas aí não seria lucrativo, não é mesmo?
Eu tinha até pensado em adquirir o meu quando chegasse no Brasil e o as lojas para comprar os livros estivessem consolidadas, mas acho que vou ficar com o nosso bom e milenar livro de papel, e ter o prazer do passar de páginas, e poder caminhar nos corredores das bibliotecas e sentir o cheiro dos novos, dos velhos, e amarelados livros.